domingo, 23 de junho de 2013




 A ti posso dizer várias coisas.
Posso até dizer que parece vulnerável.
Aliás, você não sabia?
Se não, que saiba agora.
Você parece um alvo fácil.

No entanto, todos temem,
Que da inocência faças teu abrigo.
E em seu momento traiçoeiro,
Mostres quem é o predador.

"Oh! Querida, não a digo para agradar, é tudo verdade!"

                                 
                 Folhetim Vivo do Irresoluto  - Ei, desocupado! A mentira está logo acima!;

quarta-feira, 13 de março de 2013

O albergue com seu teto de palha,
Olha a água que nunca há de falhar.
Choramos por dentro, sentimos náuseas,
Pelo sorriso que esboça o pobre coitado.
Pela cobiça e má vontade dos donos do papel.
Então, o caos que aqui nos trouxe,
Daqui há de nos tirar!



                       Folhetim vivo - Deixa molhar -


Sou um turbilhão de idéias,
Que morre de dor por pensar diferente.

E será, que assim de repente,
O acaso me trás alguém, que também pensa.
Que cria, que ama, que chora e me ajuda,
Com esse ócio selvagem, que me desmonta,
Me mata e me deixa com nada, e pra quem não encherga:
Com tudo, com tudo!

Mas inda hei de ter alguém além do espelho.



                Folhetim Vivo - O amor doentio por mim mesmo -


Dos bêbados de minha cabeça,
Os mais selvagens são os do amor.
De boteco em boteco insinuam, INSINUAM!
E a cabeça entristece, se desespera,
Chora com dor no peito!
Por fim acontece.

Eis que dos céus descem os santos!
OS SANTOS DE MINHA CABEÇA!
Os santos da razão, que não me querem bêbado.
Logo é campo de batalha : Bêbados contra Santos !
GUERRA EM MINHA CABEÇA!
Eu me decepciono.

Dos barracos mais escuros,
Surgem os deprimidos!
OS DEPRIMIDOS DE MINHA CABEÇA!
Pintando de preto por onde tocam.
Já não tem mais pra santo, não tem pra bêbado.
Tá tudo preto! Tá tudo podre!

Dentre as soluções,
Cabe à minha cabeça apenas uma.
Entristeço, me desespero,
Choro com dor no peito.
CORTEM-ME A CABEÇA !
CORTEM-ME A CABEÇA !


                                              Folhetim vivo - de cabeça em cabaça -



Basta um momento de ócio e a oficina diabólica começa a funcionar.
Os demônios que cultivei e no fundo sempre amei, trabalham.
Mas a maldade é só um ponto de vista.
Eles me dizem que posso ver o futuro e decidir o que é realmente certo.

Em meu trono de egoísmo decido o bom e o ruim.
Julgo um por um, inclusive meus bons amigos.
O meu conselheiro diz que eles querem me derrubar.
E então já não posso viver fora dos meus holofotes.

                                               Folhetim Vivo, entre princípios e pressões sociais.


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013



A fome dentro de mim e o pão na minha frente.
E de repente, nada mais importa.
Não sacia. Nada sacia!
Espremo um pouco de melodia,
Mas não agrada.
Trás angustia e desmerece.

Faltam unhas para roer e massacrar,
E essa vira minha arte.
Medíocre,  vejo um porco no espelho.
Cuspo e acho graça, pois é o que faço.

                                 Folhetim vivo - Na ponta dos pés